Explorando as raízes do pré-modernismo: uma aula invertida

Explorando as raízes do pré-moderno: uma aula invertida

Resumo

Nas últimas décadas, o uso de metodologias ativas de ensino vem sendo questionado frente às mudanças empreendidas pelas inovações tecnológicas. Além disso, o professor enfrenta um crescente envolvimento dos estudantes com dispositivos tecnológicos e meios de informação na sala de aula. A diversidade de ideias e a infinidade de conteúdos à disposição do estudante produzem uma disputa entre o conteúdo a ser ensinado pelo professor e a atenção do aluno. Assim, a escolha de inserir a metodologia de aula invertida em sala de aula foi proposital e instigante, deixando a abordagem não convencional e convidando os alunos a se envolver ativamente na pesquisa, na exploração e na discussão dos conceitos-chave relacionados ao Pré-Modernismo. Essa escolha contrapõe-se à aula tradicional, tornando mais fascinante e menos complexa a compreensão e a apreciação desse período literário. O processo envolveu a exploração autônoma de recursos, a colaboração em grupo e discussões aprofundadas com o professor. O estudante teve acesso à materiais de estudo sobre os autores e suas principais obras, incluindo Canãa de Graça Aranha, Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, Os Sertões, de Euclides da Cunha, Urupês e Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, além das poesias de Augusto dos Anjos, como os do livro EU. A preparação individual permitiu uma compreensão mais profunda das obras e dos contextos históricos e sociais que influenciaram esses escritores. A aula invertida destacou a importância da autonomia na aprendizagem, incentivou a pesquisa ativa e aprofundada e promoveu discussões envolventes em grupo, permitindo explorar as obras, os autores e compreender como o Pré-Modernismo refletia o contexto histórico e as mudanças culturais da época. Foi uma experiência educativa enriquecedora que ampliou a apreciação pela literatura Pré-Modernista e sua relevância na formação da identidade literária brasileira.